O fato de vivermos em uma sociedade cada vez mais globalizada e contextualizada afasta a possibilidade de um isolamento social por completo. As pessoas, por mais independentes que sejam, são dependentes umas das outras, seja por laços meramente profissionais, seja pelas mais variadas relações possíveis e nos mais variados graus.
Entretanto, no dia-a-dia, em função das atividades e compromissos que nos exigem cada vez mais, vamos limitando as coisas ao nosso mundinho cada vez mais íntimo e egoísta.
Somos tomados inconscientemente pela rotina e habitualidade de nossos atos e acabamos esquecendo que existe um mundo infinito à nossa volta, composto por coisas e pessoas.
E nós, como todos à nossa volta, desde os mais sensíveis aos mais durões, gostamos de ser bem tratados, nos relacionar com pessoais gentis e educadas e receber carinho.
Ninguém gosta de se relacionar com pessoas mal educadas e azedas, que a cada dia que passa ficam cada vez mais amargas e insociáveis.
Um “bom dia” verdadeiro, um elogio, um sorriso sincero, um ato de ajuda e boas ações em favor das pessoas que nos cercam são capazes de fazer com que elas ajam da mesma forma. É como uma onda que se propaga.
Recentemente eu dirigia à tarde sob uma chuva muito forte no centro da cidade. Ao contornar uma rotatória, percebi que um rapaz havia caído com a moto em local perigoso. Cogitei descer do carro, mas vi que o motoqueiro havia se levantado logo em seguida com a ajuda de um outro homem.
Percebi que ambos eram desconhecidos no memento em que o ajudante tocou o ombro do homem acidentado e este retribuiu o toque em sinal de agradecimento.
Constatei também que o homem que auxiliou o motoqueiro deixara sua camionete um pouco afastada, e mesmo sob a chuva torrencial, desceu para ajudar o desconhecido que viu caído. Aquela cena me emocionou. Fiquei verdadeiramente feliz por saber que tem muita gente fazendo o bem gratuitamente às pessoas.
Ensinamentos deixados por Cristo e um ditado permitem uma reflexão sobre nossa conduta para com o próximo. Mais do que isso, faz-nos pensar acerca do que fazemos ou deixamos de fazer em nossa relação com as pessoas.
“Fazer ao próximo aquilo que gostaríamos que fizessem a nós”
“Amar ao próximo com a si mesmo”
“Gentileza gera gentileza”
Qualquer uma das frases acima tem um poder inimaginável capaz de tornar o meio em que vivemos mais ameno e afetuoso.
A tentativa de colocar em prática qualquer uma delas já faria uma diferença enorme.
Palmas, 05 de abril de 2011